Dá para fazer biópsia de todas as partes do corpo?

Exame que extrai fragmento de tecido para análise é fundamental para diagnóstico preciso de diversas doenças, incluindo câncer e hepatites

Biópsia: Por mais que os exames de imagem tenham evoluído nas últimas décadas, a biópsia segue como fundamental no diagnóstico definitivo de inúmeras condições.

O procedimento, que consiste na retirada de um pequeno fragmento de tecido ou órgão para análise laboratorial, pode ser realizado em praticamente qualquer região do corpo humano, embora existam particularidades a serem consideradas.

A biópsia é um método diagnóstico essencial e, hoje, com os avanços tecnológicos, conseguimos acessar regiões que antes eram consideradas de difícil alcance“, explica o Dr. Armênio Mekhitarian, médico radiologista e diretor técnico do Instituto Avançado de Imagem (IAI).

Como funciona o procedimento

O exame pode ser realizado de diferentes formas, dependendo do local a ser analisado. Entre as técnicas mais comuns estão a biópsia percutânea (com agulha através da pele), endoscópica (por meio de endoscópio) e cirúrgica (quando é necessária uma pequena incisão).

Na maioria dos casos, o procedimento é guiado por exames de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, o que aumenta significativamente a precisão e segurança.

Utilizamos anestesia local e, em alguns casos específicos, sedação. O desconforto é mínimo e as complicações são raras quando realizadas por equipe experiente e em ambiente adequado“, ressalta Dr. Mekhitarian.

Biópsia hepática e sua importância

No caso do fígado, a biópsia é particularmente importante para diagnosticar e monitorar doenças como hepatites, cirrose e tumores. A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a doença hepática crônica mais comum no mundo, estando presente em 35% da população brasileira. 

A hepatite C, por exemplo, afeta aproximadamente 700 mil brasileiros, muitos ainda sem diagnóstico. Já a esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) atinge entre 20% e 30% da população adulta no país, com números crescentes devido ao aumento da obesidade e diabetes.

Na biópsia hepática, conseguimos determinar com precisão o grau de inflamação e fibrose do órgão, o que é crucial para definir o tratamento mais adequado. Em casos de hepatites virais ou medicamentosas, o exame pode revelar informações que nenhum outro método diagnóstico conseguiria“, afirma o radiologista.

Limitações existem, mas são poucas

Embora seja possível realizar biópsias em quase todas as partes do corpo, existem algumas limitações. Áreas como certas regiões do cérebro, grandes vasos sanguíneos e estruturas muito pequenas podem apresentar riscos elevados que superam os benefícios diagnósticos.

Cada caso é avaliado individualmente. Se houver risco significativo de sangramento, infecção ou dano a estruturas adjacentes, podemos optar por métodos alternativos ou abordagens mais conservadoras“, esclarece Dr. Mekhitarian.

Os avanços tecnológicos têm permitido “biopsiar” lesões cada vez menores, muitas vezes com menos de um centímetro, aumentando as chances de diagnóstico precoce de doenças graves como o câncer.

O importante é desmistificar o receio em relação à biópsia. É um procedimento seguro e, muitas vezes, fundamental para um diagnóstico correto e tratamento adequado. O maior risco está em não realizar o exame quando ele é necessário“, conclui o radiologista.

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Fontes:

Dr. Armênio Mekhitarian – Diretor Clínico do Instituto Avançado de Imagem – Médico Radiologista – CRM SP 59.512 | RQE 45534

Gordura no fígado: como e por que a esteatose hepática se tornou uma epidemia global e preocupante. Acesso em 04 de maio de 2025. Disponível em https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/10/17/esteatose-hepatica-como-e-por-que-o-acumulo-de-gordura-no-figado-se-tornou-uma-epidemia-global-e-preocupante.ghtml.

Cenário epidemiológico aponta redução na detecção de casos e nas mortes causadas por hepatites. Acesso em 04 de maio de 2025. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/noticias/2024/julho/cenario-epidemiologico-aponta-reducao-na-deteccao-de-casos-e-nas-mortes-causadas-por-hepatites.

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